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Prevenção de Legionella em circuitos de refrigeração: biocidas oxidantes e não oxidantes

O Decreto Lei 52/2018, que estabelece os critérios higiénico-sanitários para a prevenção e controlo da legionelose, identifica os circuitos de refrigeração como "Instalações com maior probabilidade de proliferação e dispersão de Legionella".

A temperatura da água dentro dos circuitos de refrigeração e a emissão de microgotículas para o ambiente externo representam um meio ideal para a proliferação e disseminação da bactéria Legionella. A infeção por Legionella é conhecida como legionelose. A legionelose pode manifestar-se nas pessoas como uma doença febril leve, sem envolvimento pulmonar, ou chegar a uma infeção grave, que pode causar complicações graves ou até a morte.

A melhor forma de combater o desenvolvimento da Legionella dentro dos circuitos de refrigeração é conseguida realizando uma boa manutenção higiénico-sanitária das instalações, que inclui um tratamento químico. Neste sentido, a escolha do produto químico biocida para eliminar e prevenir o crescimento da Legionella é fundamental. A seleção do biocida mais adequado deve considerar os seguintes fatores:

  • Características físico-químicas da água no circuito de refrigeração.
  • Tipo de microrganismos a controlar.
  • Tempo de residência da água dentro do circuito.
  • Desenho do circuito (materiais, volume e temperaturas de trabalho)
  • Compatibilidade com outras incrustações e produtos químicos inibidores de corrosão.

De acordo com a sua natureza química, os biocidas disponíveis no mercado podem ser classificados entre oxidantes e não oxidantes.

A seguinte tabela resume as principais características dos dois tipos:

BIOCIDAS OXIDANTESBIOCIDAS NÃO OXIDANTES
Têm caráter oxidanteTêm caráter não oxidante
A sua atividade depende do pHA sua atividade não depende do pH
Método de análise simplesMétodo de análise complexo
Estabilidade muito limitada, pouco persistentes no tempoAlta estabilidade, aumenta o seu tempo de contacto
Derivados de cloro e bromo como agentes ativosAgentes ativos baseados em moléculas orgânicas como DBNPA, isotiazolinonas, THPS ou glutaraldehído

 

O mecanismo de ação dos biocidas oxidantes é baseado na capacidade de oxidação dos microrganismos, causando a morte celular. Consideram-se biocidas de largo espectro porque, dentro de certas faixas de pH, apresentam muito boa atividade biocida contra todos os tipos de bactérias, algas e fungos. A estratégia de dosagem nos circuitos de refrigeração é contínua, mantendo em todos os momentos um valor mínimo de agente ativo.

Por outro lado, os biocidas não oxidantes incluem uma grande variedade de moléculas orgânicas. O seu mecanismo de ação contra microrganismos é altamente variável: podem atuar destruindo a parede celular, impedindo a reprodução celular ou impedindo a respiração celular. A estratégia de dosagem de biocidas não oxidantes, ao contrário dos biocidas oxidantes, é geralmente aplicada por choques cronometrados e sua boa atividade não depende do valor do pH.

Conforme indicado, a seleção de um ou outro biocida deve considerar todos os aspetos mencionados acima e é a chave para o sucesso do programa abrangente de tratamento químico da instalação. Cada circuito tem suas particularidades e dificuldades, pelo que deve ser bem estudado antes de se desenhar qualquer programa de tratamento.

Para obter o máximo controlo microbiológico do sistema, é aconselhável usar um programa de tratamento de biocidas mistos, combinando um biocida oxidante com um biocida não oxidante ou usando dois biocidas não oxidantes; em ambos os casos, é alcançado um alto efeito sinérgico.

Com o objetivo de traçar os programas de tratamento mais eficazes para a prevenção da Legionella, a Proquimia possui um amplo catálogo de produtos biocidas específicos para sistemas de refrigeração (devidamente incluídos no Registo Público de Biocidas do Ministério da Saúde). São os seguintes:

ProdutoIngrediente ativoCaráterNº de RegistoTempo de AtuaçãoEficácia algicidaEficácia legionellaEficácia aeróbios
PROAQUA 150Hipolocrito sódicoOxidanteNão requeridoRápido••••••••
ASEP OX 5110Bromo orgânicoOxidante18-100-04099Rápido••••••••
ASEP TR 21DBNPANão Oxidante14-100-02528Intermédio•••••
ASEP 5515Fosfónio quaternárioNão Oxidante18-100-05450Intermédio•••••
ASP GT 56GlutaraldeídoNão Oxidante10-100-04100Lento•••••
ASEP IS 35IsotiazolinonaNão Oxidante17-100-04103Lento•••••
  • Boa       ··Muito boa       ··· Excelente

Referências bibliográficas:

[1] REAL DECRETO 865/2003, de 4 de julho, onde se estabelecem os critérios higiénico-sanitários para a prevenção e controlo da legionelose. 

[2] GUIA TÉCNICO PARA A PREVENÇÃO E CONTROLO DA LEGIONELOSE EM INSTALAÇÕES. Ministério da Saúde.

[3] NORMA UN 100030:2017. Prevenção e controlo da proliferação e disseminação de Legionella em instalações.

 

AUTOR: Roger Valldeoriola

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